O segundo dia do Seminário Sudeste da ANAMT, realizado em Belo Horizonte (MG), foi marcado pela rica programação científica acerca do tema saúde mental. Na parte da manhã, a presidente da Associação Mineira de Medicina do Trabalho (AMIMT), Dra. Letícia Gários, falou sobre as reflexões sobre transtornos mentais comuns entre pessoas que estão trabalhando e o papel do Médico do Trabalho na adaptação e orientação de medidas terapêuticas, levando casos reais para exemplificar as diversas abordagens.
Segundo Dra. Rosylane Rocha, que participou da mesa redonda “Aspectos conceituais, clínicos e epidemiológicos do adoecimento mental relacionado ao trabalho”, o Médico do Trabalho é o primeiro acesso à saúde dos quase 50 milhões de trabalhadores da economia formal, e exerce um papel fundamental para encaminhar esse trabalhador para a psiquiatra.
“Existe um estigma muito grande dentro do ambiente de trabalho e nós temos que combater esse preconceito e discriminação. O diagnóstico precoce é extremamente importante para a evolução da doença”.
“Os transtornos de personalidade causam dois prejuízos principais – em relacionamentos sociais e no desempenho ocupacional. Definir se determinado caso tem ou não tem relação com o trabalho é um raciocínio clinico e o Médico do Trabalho é o melhor profissional para a avaliação desse tipo de situação”, declarou a Dra. Naray Paulino em sua participação na mesa redonda “Abordagem clínica do trabalhador portador de doenças mentais – o trabalho como terapia ou como desencadeador e agravante do quadro”, que encerrou a programação antes do intervalo para o almoço.