Introdução: O trabalho intenso e complexo das unidades de terapia intensiva (UTI) envolve alta carga e longas jornadas de trabalho, contato direto com situações limite, elevado nível de tensão e exposição a riscos de diversas naturezas.
Objetivo: Avaliar a interferência dos fatores sociodemográficos e organizacionais no surgimento de dor, tensão e fadiga musculoesquelética em profissionais nas UTIs.
Métodos: Entrevistaram-se 128 profissionais de sete hospitais da rede pública da cidade de João Pessoa, Paraíba. Os dados foram analisados usando o modelo de regressão logística, e as diferenças entre as categorias profissionais, pelo teste de Wald, razão de verossimilhança e teste de χ2, considerando como nível de significância <0,05.
Resultados: Identificou-se que as categorias profissionais são distintas em relação aos riscos para o surgimento de sintomas musculoesqueléticos. Os profissionais técnicos de Enfermagem apresentaram chance 4,968 (p=0,023) vezes maior de ter simultaneamente as queixas musculoesqueléticas de dor, fadiga e tensão se comparados aos profissionais médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, mediadas por fatores como gênero, índice de massa corpórea e quantidade de UTIs em que atuam, sendo, dessa forma, os profissionais mais expostos e que requerem mais atenção para intervenções de saúde no trabalho.
Conclusões: Têm-se profissionais com altas cargas horárias semanais, distintos em relação às queixas musculoesqueléticas de maior frequência decorrentes das especificidades inerentes de cada atividade.
Palavras-chave | saúde do trabalhador; riscos ocupacionais; unidades de terapia intensiva.
Leia o artigo na íntegra no site da Revista Brasileira de Medicina do Trabalho.