RESUMO
INTRODUÇÃO: A síndrome de burnout é um transtorno sociopsicológico que se desenvolve como uma resposta à tensão emocional e ao estresse relacionado ao trabalho, sendo desencadeada por estímulos estressores contínuos aos quais o trabalhador é submetido. Apresenta-se em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização profissional
OBJETIVOS: Verificar a prevalência de estresse físico e emocional (síndrome de burnout) em médicos militares do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro (RJ).
MÉTODOS: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com delineamento transversal e abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada entre os meses de março e junho de 2016. Utilizou-se como instrumento de pesquisa o Maslach Burnout Inventory e um questionário sociodemográfico.
RESULTADOS: A análise dos dados apontou prevalência da síndrome de burnout em médicos militares do sexo feminino (57,1%), que vivem com companheiro (64,3%), com faixa etária menor de 50 anos (100,0%), renda mensal de até 15 salários mínimos (78,6%), praticam atividade física (57,1%) e não praticam atividade de lazer (78,6%). O consumo de tabaco e álcool se mostrou fator de risco importante. A dimensão mais comprometida foi a despersonalização (44,8%), seguido pela realização profissional (28,4%) e exaustão emocional (6,0%).
CONCLUSÃO: Os profissionais que atuam no hospital militar apresentam níveis consideráveis da síndrome de burnout com altos valores de despersonalização. Ressaltamos a importância de serem desenvolvidos programas de prevenção ao burnout, principalmente para os profissionais que estão expostos às situações de desgaste emocional, a fim de se evitar o adoecimento.
Palavras-chave: esgotamento profissional; saúde do trabalhador; despersonalização.
Leia o artigo na íntegra no site da Revista Brasileira de Medicina do Trabalho.