O ruído ocupacional é considerado um agente físico nocivo ainda muito comum em diversos ambientes produtivos. A perda auditiva está relacionada principalmente à exposição a altos níveis de ruído, mas não é o único agente causador da doença ocupacional. Outras fontes, como vibração e produtos químicos tóxicos, entre eles, solventes orgânicos, metais pesados e combustíveis, também podem afetar a audição.
Em entrevista ao SST em Áudio, da plataforma Sesi Viva Mais, a fonoaudióloga Alice Penna, especialista em audiologia e doutora em Saúde Pública, explica que a perda auditiva ocupacional pode provocar ainda problemas de saúde como hipertensão arterial, por exemplo, decorrente do estresse pela deficiência auditiva. A irritabilidade e a desatenção do trabalhador são fatores que favorecem os acidentes, além da dificuldade para escutar avisos em situações de emergência.
Penna alerta que a deficiência auditiva começa nas frequências mais altas e pode afetar gradativamente, sem que o trabalhador perceba, outras frequências importantes para o reconhecimento da fala e dos sons.
Ela reforça a importância da proteção individual, bem como de projetos de prevenção nos ambientes laborais, além do monitoramento audiológico dos trabalhadores expostos aos agentes de risco à audição. Os programas de capacitação para orientar os funcionários sobre as medidas protetivas também são enfatizados pela especialista.
“Os colaboradores devem ainda ser incentivados a auxiliar os gestores na definição das prioridades para a promoção das melhorias ambientais”, recomenda a fonoaudióloga, “afinal, ninguém melhor do que o trabalhador para apontar onde residem os principais problemas no seu ambiente laboral”, complementa.
Para ouvir a entrevista na íntegra, acesse SST em Áudio.
(Fonte: SST em Áudio)