O Médico do Trabalho tem o dever de atuar visando essencialmente a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores. Neste 27 de julho, o Dia Nacional da Prevenção ao Acidente de Trabalho ressalta um dos aspectos fundamentais da nossa profissão e de vital importância para melhorar as condições de saúde e segurança de trabalhadores no exercício de suas profissões.
A data busca alertar empregados, empregadores, governos e sociedade civil para a importância de práticas que reduzam o número de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, promovam um ambiente seguro, e práticas saudáveis em todos os setores produtivos.
O marco tornou-se oficial em 1972, depois de regulamentada a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho. No início da década de 70, a iniciativa do Banco Mundial em cortar os financiamentos para o Brasil, caso o quadro de acidentes de trabalho não fosse revertido, resultou na publicação das portarias nº 3236 e 3237, em 27 de julho de 1972.
Segundo estimativas da época, 1,7 milhão de acidentes ocorriam anualmente e 40% dos profissionais sofriam lesões. Desde então, um conjunto de medidas legislativas tem sido elaboradas para garantir proteção e direitos aos trabalhadores.
Luta atual
Como entidade representativa da Medicina do Trabalho, a ANAMT reitera neste dia a importância dos Médicos do Trabalho nas discussões acerca da saúde e segurança da população. Dentro dos registros da Organização Internacional do Trabalho, o Brasil é o quarto maior local de acidentes. Está atrás somente de China, Estados Unidos e Rússia.
De acordo com dados levantados pela Previdência Social e pelo Ministério do Trabalho e registrados na Organização Internacional do Trabalho (OIT), no decênio 2007-2017 foram registrados 1.324.752 casos: 703.193 acidentes de trabalho graves, 466.137 por exposição a material biológico e 50.841 intoxicações endógenas.
A ANAMT promove e apoia políticas públicas e ações em prol de um ambiente de trabalho mais seguro para os brasileiros. Além das irrecuperáveis perdas de vidas, estes acidentes e doenças resultam também em afastamentos e diminuição da capacidade produtiva, cujas consequências, muitas vezes, extrapolam o ambiente de trabalho.