CONTEXTO: A voz é uma importante ferramenta de trabalho para professores. Esses profissionais são frequentemente afastados da docência por distúrbios vocais, repercutindo no grande número de licença médica, restrição de função e readaptação profissional.
OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico de professores afastados por distúrbios vocais e a repercussão da disfonia na diminuição das atividades laborais, na restrição de função e na readaptação profissional.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010, a partir da coleta de dados de prontuários da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, sobre os professores afastados por período superior a 30 dias.
RESULTADOS: Foram analisados 153 professores afastados por disfonia. A maior prevalência de distúrbios vocais ocorreu no gênero feminino (96,7%). Os nódulos vocais predominam no diagnóstico, representando 40% das lesões vocais encontradas. O tempo médio de afastamento foi de 120 dias. Aproximadamente 55% dos professores em licença médica estavam em restrição de função e ficaram em média 166 dias nessa condição. Ao todo, 25,5% dos professores foram readaptados e 73,8% retornaram à sala de aula.
CONCLUSÃO: Adoecimento vocal é uma causa frequente de afastamento profissional, gerando grandes gastos anuais. Medidas preventivas e a consolidação de orientações quanto ao uso vocal reduziriam significativamente o número de professores em restrição ou readaptação de função.
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