No dia 28 de outubro comemora-se o dia do funcionário público. A data foi instituída no governo do presidente Getúlio Vargas, através da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937. Nesta data, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) destaca a importância de se subsidiar o desenvolvimento, monitoramento e avaliação de projetos, programas e políticas públicas de prevenção de acidentes e doenças no serviço público, bem como informar o combate a irregularidades no meio ambiente do trabalho em todo o Brasil.
Os transtornos mentais e comportamentais são as principais causas que levam os servidores a se afastarem do trabalho. Segundo relatório da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF, em 2017, 22,6% dos afastamentos no governo do Distrito Federal foram ocasionados por doenças como ansiedade, depressão, estresse grave, entre outras. Na Secretaria de Saúde, a realidade não é diferente. Dos 6.430 servidores ausentes, 18,97% deixaram de trabalhar por transtornos mentais e comportamentais.
A ansiedade é a principal causa de afastamento, respondendo por 29,3% dos casos. Logo em seguida está a depressão (26%) e a depressão recorrente (18,6%). O estresse grave também tem altos índices de incidência – 15,6% do total.
A crise financeira pela qual passou nos últimos anos acentuou esse tipo de problema, especialmente em estados mais atingidos, como é o caso do Rio de Janeiro, já que a falta de atenção à saúde mental na autarquia é somada a questões como a deterioração do ambiente de trabalho e salários atrasados.
A qualidade de vida no trabalho muitas vezes é observada apenas pelo aspecto físico, mas a saúde mental é fundamental para que não apenas esses funcionários possam exercer seu trabalho de maneira plena, mas também para garantir a eficiência e o bom funcionamento dos serviços públicos.