Embora a polêmica sobre o uso do celular no ambiente de trabalho ainda seja recorrente entre empresas e trabalhadores, os especialistas recomendam diálogo e regras claras para utilização dos dispositivos móveis durante a jornada laboral, principalmente aquelas que envolvem risco para o colaborador.
Estar conectado e interagir com outras pessoas faz parte da rotina pessoal e profissional de qualquer pessoa, ou seja, a tecnologia chegou para ficar, o que significa que é importante saber administrar o uso dos aparelhos de forma responsável.
Se de um lado os dispositivos móveis são indispensáveis em algumas atividades e auxiliam na execução de muitas tarefas, dependendo do tipo de trabalho e da situação, também podem causar acidentes e afetar a produtividade das empresas.
De acordo com o doutor em psicologia social e do trabalho Emílio Peres Facas, em entrevista ao SST em Áudio, da plataforma Sesi Viva Mais, é preciso avaliar a natureza das tarefas, já que a situação de risco de quem está na linha de produção é bem diferente de quem trabalha na área administrativa, por exemplo.
Ele lembra também que a dependência do celular pode causar ansiedade, cansaço e desgaste mental do trabalhador pelo uso descontrolado e demanda excessiva gerada pela tecnologia. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o vício digital como uma doença do século 21.
Para gerenciar o dilema, Facas recomenda que as empresas avaliem como o processo do trabalho pode levar ao uso abusivo da tecnologia, isto é, entender se o comportamento do trabalhador decorre de solicitações internas e externas exageradas, se o trabalho é monótono ou ainda se o colaborador está com algum problema, entre outras motivações.
Ele chama a atenção ainda para a necessidade de campanhas de conscientização sobre os perigos do uso celular principalmente em atividades que ofereçam maior risco de acidentes. “Costumo dizer que no trabalho não existem receitas. É preciso avaliar os contextos e isso só é possível conversando com as pessoas,” complementa o especialista.
Para ouvir a entrevista completa, acesse SST em Áudio.
(Fonte: SST em Áudio)