Chapa ANAMT Mais Técnica e Mais Perto de Você
Dr. Paulo Antonio de Paiva Rebelo – Presidente
Dr. Paulo Rebelo foi presidente da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT), onde exerceu as funções de diretor científico e de relações externas, juntamente com o cargo de vice-presidente da ANAMT. Membro titular da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação (ABMR) e membro da Câmara Técnica de MT no CFM e no CREMERJ. Integra organizações prestigiadas, como IOMSC, ICOH e SPE. Reconhecido nacional e internacionalmente, escreveu vários livros, colaborando com inúmeros artigos em publicações do Brasil e do exterior.
1. Fale um pouco de seu histórico profissional e como pretende agregar suas experiências à história da ANAMT.
Há 40 anos trabalho como voluntário na vida associativa. Fui presidente por 3 mandatos na ABMT, do conselho deliberativo da ANAMT, diretor de legislação e duas vezes Vice-Presidente Nacional. Fundador e Membro do Conselho Executivo da IOMSC. Membro da ACOEM, SPE e IOCH. Conheço a história, as lutas, as conquistas da MT no Brasil, e todos os seus processos de gestão. O futuro só será construído quando se conhece o passado e o presente. E é com base nessa experiência que estou preparado para o desafio de conduzir a ANAMT.
2. Cite três das principais prioridades e diretrizes da sua gestão.
Restabelecer o diálogo e a harmonia, em todas as instâncias, sem agressões, ideologias políticas, ataques à honra, promovendo o respeito às diferenças e a busca pelo consenso com base na técnica, no conhecimento científico e no relacionamento respeitoso. Contribuir para o aprimoramento, dos cursos de graduação à pós-graduação, incentivando a atualização profissional, a produção de diretrizes, orientações, artigos e livros. Defender nosso ofício com ética e autonomia, elevando o nível e a saúde dos trabalhadores, fortalecendo a integração com outras especialidades e profissões, dando um maior destaque à nossa classe.
3. Como você avalia o cenário atual da Medicina do Trabalho no Brasil?
A Medicina do Trabalho conseguiu ter o destaque que há tempos merece, tornando-se escolha recorrente nos ingressos da área. Contudo, necessita ainda se adaptar às mudanças, como a crise econômica, a 4ª revolução industrial e a integração dos millennials no mercado de trabalho. O exercício da nossa profissão evolui a cada dia. Novos conhecimentos são exigidos, e é fundamental identificar, dentre os avanços tecnológicos, aqueles que trazem as melhores indicações técnicas e relações de custo-efetividade. É uma especialidade viva e com perspectivas. E é nosso dever fomentá-la mais e mais.
4. Como você enxerga a ANAMT daqui a três anos?
A ANAMT completou 50 anos com uma história rica e renovável. A salutar convivência de profissionais com perfis e experiências diferenciadas, possibilita trilhar caminhos e condições a serem ampliados pelo uso de tecnologias e informações. O trabalho voluntário e não-remunerado promove sinergia e base para consolidar uma gestão austera que fortaleça a interação com instituições, organismos, especialidades médicas e afins. Isso é o que possibilita a defesa da MT, o desenvolvimento científico da especialidade, profissionais mais respeitados, uma associação unida e federadas fortes. Isso é o que possibilita nosso crescimento.
5. Na sua opinião, por que um Médico do Trabalho deve ser associado da ANAMT?
Na ANAMT, o médico desfruta do convívio e da experiência dos colegas, com custos reduzidos e liberdade para esclarecer dúvidas num ambiente propício ao debate e à aprendizagem. É onde criará sua rede de contatos, fundamental para atualização e geração de oportunidades, tornando-se apto para tratar de situações diversas com maior propriedade e respaldo. Além disso, quanto maior o número de associados, mais forte será a associação, representando a MT em diferentes cenários, sempre com condições econômicas de manter a estrutura necessária para difusão de seu posicionamento e diretrizes.