Dr. Enrico Occhipinti, coordenador do Comitê Técnico de Prevenção das Doenças Musculoesqueléticas da Associação Internacional de Ergonomia, falou sobre doenças musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho no I ANAMT International Symposium on Occupational Health & Safety.
Ele falou de fatores que contribuem para o desenvolvimento das doenças, como exposição à vibração, realização de movimentos repetitivos e carregamento de peso, além das atividades mais suscetíveis a essas doenças, como na agricultura, caixas de supermercado e costureiras. Ele destacou que as ocorrências também estão presentes nos empregos informais, comuns na Ásia e América Latina.
O palestrante apresentou dados europeus sobre as doenças musculoesqueléticas, pontuando que 50% das doenças ocupacionais no continente são dessa natureza, e ressaltou que isso não abrange os casos neurológicos, o que ampliaria o número. Para reduzir as ocorrências, ele explicou que são necessárias estratégias amplas para combater as doenças nas empresas, assim como redesenhar locais de trabalho, obter relatos dos trabalhadores sobre o tema, ter protocolos e estratégias definidas e capacitação em todos os níveis estratégicos.
Abordagem ampla
A avaliação dos riscos, segundo Dr. Occhipinti, deve considerar pontos como as complexidades de cada atividade e na identificação dos riscos a serem priorizados. Ele também destacou que a simplificação dessas etapas também é importante, assim como a participação dos trabalhadores.
O especialista também apresentou as ferramentas desenvolvidas pela International Ergonomics School e pontou que um recurso sobre o tema, o Latin Questionnaire, já validado por médicos do trabalho do Brasil e de outros países, que foi submetido para avaliação e publicação na Revista Brasileira de Medicina do Trabalho.
