Residência médica da Unicamp e da Fundação São Francisco Xavier qualificam médicos para a Medicina do Trabalho em diversas áreas

Em todas as áreas do conhecimento, os profissionais que conquistam um certificado de conclusão de cursos de especialização são mais valorizados no mercado de trabalho e isso não poderia ser diferente na Medicina do Trabalho. A Residência Médica na especialidade é uma porta de entrada para empregos qualificados. Dr. Sergio Roberto de Lucca, médico do trabalho, professor e preceptor do Programa de Residência de Medicina do Trabalho (PRMT) da Unicamp, em Campinas (SP) destaca a importância da modalidade de ensino na vida profissional de quem quer seguir na área.

Ele afirma que o programa abre portas para o mercado de trabalho. “Todos conseguem empregos ao término da Residência. A maioria em empresas privadas, outros trabalham como peritos, alguns em empresas como peritos e tem ainda empresas públicas após concursos, prefeituras e ministérios no âmbito federal,” exemplificou o professor.

A Unicamp oferece três vagas por ano para o PRMT. De 1981 a 2004, a instituição formou 26 médicos no programa, na área de concentração, enquanto 41 médicos concluíram o PRMT por acesso direto, com dois anos de duração, no período de 2005 a 2024.

A partir de 2003, os PRMT passaram a ser oferecidos no modo acesso direto com dois anos de duração, ano em que a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, pioneira desde 1981, abriu concurso de acesso direto para a Residência.

O Programa de Residência oferecido pela Unicamp conta com um preceptor, o próprio Dr. Sergio de Lucca, e mais dois docentes e supervisores do programa, Dra. Marcia Bandini e Dr. Valmir de Azevedo.

Como explicou Dr. Sergio de Lucca, no primeiro ano de formação, o foco é direcionado ao ambulatório de Medicina do Trabalho do HC Unicamp, dermatologia, pneumologia ocupacional, ambulatório de álcool e SPA, ambulatório de ombro (ortopedia). No segundo ano, estágios em serviços de medicina do trabalho em empresas, CEREST, MPT e perícias.

A procura por especialização em medicina do trabalho tem aumentado nos últimos anos, como avalia o professor. “No ano passado tivemos 18 candidatos”, pontuou. “Este ano, cinco médicos estão cursando a residência”, complementou.

Oitenta porcento das atividades da residência são práticas e 20% são conteúdo teórico, incluindo discussão, seminários de todos os temas que envolvem a medicina do trabalho e saúde do trabalhador e disciplinas correlatas, como explanou o preceptor do Programa.

“A formação é diferenciada e muito mais ampla se comparados com os cursos de especialização disponíveis no mercado. Infelizmente no Brasil existem cerca de 45 vagas por ano, insuficiente para suprir a demanda de mercado”, pontuou.

Fundação São Francisco Xavier

Dando os primeiros passos, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX), em Ipatinga, (MG), iniciou seu Programa de Residência Médica em Medicina do Trabalho em 2022, com duração de dois anos, e a cada ano a Fundação forma dois residentes, destacou Dr. Guilherme Hauck, coordenador e supervisor da Residência.

“Nossa residência é dividida em duas partes. No R1 eles passam pelo ambulatório do nosso hospital, o HMC. E, em nossa Unidade de Negócio, a Vita, o residente passa nas áreas mais relevantes para a especialidade como ortopedia, psiquiatria, dermatologia, otorrinolaringologia e outras. Passa também em Medicina de Família e Comunidade e no CEREST. No R2 além dos ambulatórios, os residentes fazem estágio prático em Empresas Conveniadas como a Usiminas e Vital Engenharia. Fazemos nos dois anos aulas teóricas presenciais e on-line”, detalhou o coordenador.

De acordo com Dr. Guilherme Hauck, a Fundação alia a parte teórica com a prática, “proporcionando uma vivência dentro das empresas e procurando experiências nas mais diversas NRs e áreas da especialidade”, ressaltou o Dr. Hauck. O programa de Residência da FSFX conta com três preceptores, Dra. Ana Paula Hauck, Dra. Rafaella Canêdo e Dr. Joarez.

A procura pela formação na FSFX tem superado as expectativas. “A cada ano, desde a implantação de nossa residência, registramos uma taxa de procura cada vez maior, tendo 24 inscrições para 2025, um recorde para nós, mostrando o aumento de procura pela área e o resultado do nosso trabalho, principalmente pelo apoio que tivemos da ANAMT no último ano, com a visita do nosso presidente Dr. Francisco Fernandes”, frisou o coordenador.

O mercado de trabalho na região abarcada pela FSFX ainda está retraído em relação à especialidade. “Observamos a desvalorização salarial, o que dificulta um pouco a entrada dos profissionais mais qualificados no mercado de trabalho na região, mas temos uma perspectiva para uma mudança de cenário a partir do início da nossa residência, trazendo ao mercado qualificação profissional e mudança de cultura das empresas, pela observância que investir em Saúde e Segurança é vantajoso a médio e longo prazo”, concluiu Dr. Hauck.

Por |2024-11-19T09:38:31-03:0018 de novembro de 2024|Institucional, Notícias|Comentários desativados em Residência médica da Unicamp e da Fundação São Francisco Xavier qualificam médicos para a Medicina do Trabalho em diversas áreas